Ácido Argila com Thermo Cracking

O Ácido Argila com Thermo Cracking é o processo mais usado no Brasil para recuperação do óleo básico, 7 das 11 refinarias em funcionamento trabalham com  essa tecnologia.  Esse processo utiliza cerca de 1,5 % de Ácido Sulfúrico (H₂SO₄), uma grande vantagem se comparado com método convencional (Ácido Argila Bernd Meinken), processo arcaico que utiliza cerca de 10 % de Ácido Sulfúrico, seu rendimento corresponde a 71 % e uma redução significativa de resíduos.

Figura 1: Etapas e Rendimento. Fonte: SINDIRREFINO.

Figura 2: Fluxograma típico do Processo.

Filtração

Primeiramente, o óleo é filtrado, para que sejam retiradas as partículas grosseiras, indesejáveis no processo.

 Figura 3: Filtração

Desidratação

Após a filtração, o óleo é encaminhado ao pré-aquecimento à temperatura de 80°C. Após o término destes procedimentos, o óleo é levado aos desidratadores a 180°C. Lá os solventes e a água são retirados e reaproveitados em outros processos.

Figura 4: Desidratação

Destilação Flash

Desidratado o óleo é encaminhado à um forno onde é aquecido a 280°C. Agora o óleo passa pelos tubos de flasheamento sob pressão onde serão separadas as frações leves do óleo usado: óleo spindle, neutro leve e óleo diesel. O óleo neutro leve é levado para formulação do óleo de media viscosidade. Os demais são reutilizados em outros processos.

Figura 5: Destilação Flash

Desasfaltamento

Destilado, o óleo é levado para outro forno onde é aquecido a 380°C e enviado para os evaporadores de película, onde é separada a fração asfáltica sob alto vácuo. Os resíduos são reutilizados para produção de produtos asfálticos.

Figura 6: Desasfaltamento

Tratamento Químico

Após o processo de desasfaltamento, ainda há no óleo certa quantidade de substâncias oxidadas. Para elimina-las é adicionado ao óleo, acido sulfúrico, que irá aglomeras os infectantes e decantará. A borra gerada no processo é altamente contaminante, e se jogada ao meio ambiente causará sérios danos, para evitar, esse resíduo é neutralizado e desidratado com água, se transformando em combustível de alto poder calorífico. A água ácida gerada é neutralizada com lama cal e cal virgem, transformando-se em gesso. A água neutralizada é enviada para tratamento.

Figura 7: Tratamento Químico

Clarificação

O óleo agora é bombeado para os reatores de clarificação, onde é adicionada argila descorante. A mistura óleo/argila é aquecida para promover a absorção de compostos indesejáveis. No final, é adicionada a cal para corrigir a acidez do óleo.

Figura 8: Clarificação

Filtração

Por fim, o óleo passa por um sistema de filtros prensa, onde são retiradas as partículas restantes, sendo bombeado em seguida para o tanque de óleo básico rerrefinado, os resíduos gerados nessa etapa são usados em fornos de cimenteiras.

Figura 9: Filtração